Galeria Carmelo Sirimarco, 24 - 3ª andar - Centro - Juiz de Fora / MG
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Medidas elevam limites e permitem uso do FGTS em imóveis mais caros.
A partir de outubro, a compra da casa própria está mais acessível. Entraram em vigor as novas regras da Caixa Econômica Federal para ampliar o acesso ao financiamento habitacional. As medidas devem injetar R$ 20 bilhões no crédito imobiliário e, segundo o banco, financiar 80 mil novos imóveis até o fim do próximo ano.
O pacote apoiado pelo governo federal inclui o aumento da cota
máxima de financiamento para 80% do valor do imóvel e a elevação do teto de
imóveis financiáveis pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de R$ 1,5
milhão para R$ 2,25 milhões.As mudanças beneficiam especialmente famílias com
renda mensal acima de R$ 12 mil, faixa até então com dificuldade para acessar
crédito habitacional fora das taxas de mercado.
A redução da entrada destrava o acesso ao
crédito para milhares de famílias que estavam próximas de obter o
financiamento, mas não conseguiam juntar o valor inicial suficiente.
Responsável por cerca de 70% dos financiamentos habitacionais do país, a Caixa
será a principal instituição a operar o novo modelo, que ficará em fase de
teste até o fim de 2026.Se o formato se revelar eficaz para ampliar a oferta de
crédito imobiliário e reduzir custos, o funcionamento pleno está previsto para
2027.
O
que muda na prática?
Antes das novas regras, o financiamento máximo
era limitado a 70% do valor do imóvel. Com o retorno da cota de 80%, o
comprador precisa dispor de uma entrada menor.
Exemplo para um imóvel de R$ 500 mil:
Regra antiga (70%): entrada de R$ 150 mil
Regra nova (80%): entrada de R$ 100 mil
O que
muda para quem usa o saldo do FGTS?
O Sistema Financeiro da Habitação (SFH), criado
para oferecer condições especiais e juros menores, também passou por
atualização.O novo teto de R$ 2,25 milhões amplia o alcance das regras que
permitem usar o saldo do FGTS como parte do financiamento.Agora, imóveis de valor
mais alto podem ser adquiridos com juros regulados e benefícios antes restritos
a faixas de preço menores.
Como usar
o FGTS em financiamentos habitacionais:
como entrada, reduzindo o valor a ser financiado;
para amortizar o saldo devedor, diminuindo parcelas
ou prazo;
para pagar parte das prestações, aliviando o
orçamento mensal.
Outras
dúvidas comuns:
O FGTS pode ser usado para financiar qualquer
imóvel?
Sim, desde que o valor do imóvel não ultrapasse
R$ 2,25 milhões e o financiamento seja feito dentro do SFH.
Quem pode se beneficiar?
As novas condições foram pensadas para famílias
de classe média, com renda acima de R$ 12 mil mensais. Os compradores com renda
inferior a esse valor continuam contemplados pelo programa Minha Casa, Minha
Vida, voltado à habitação popular.
As regras valem para imóveis novos e usados?
Sim. As condições se aplicam tanto para imóveis
novos quanto usados, desde que o valor esteja dentro dos limites do SFH.
Preciso ser cliente da Caixa para financiar?
Não. Qualquer pessoa que atenda aos requisitos
de renda, comprovação de capacidade de pagamento e documentação pode pedir o
financiamento.
Como saber quanto posso financiar?
A Caixa oferece um simulador em sua página na
internet que estima o valor do crédito e das parcelas de acordo com a renda
familiar e o perfil do comprador.
Que passos devo seguir para pedir o
financiamento habitacional?
Reunir documentos: comprovantes de renda,
identidade e declaração de imposto de renda.
Fazer simulação online no site da Caixa.
Procurar uma agência com os dados em mãos para
negociar o financiamento.
O que muda no uso de recursos da poupança?
Regras atuais:
65% dos recursos depositados na poupança são
obrigatoriamente destinados ao crédito habitacional;
20% são retidos pelo Banco Central, como
depósito compulsório;
15% permanecem livres para outras operações dos
bancos.
Período de transição, de 2025 até janeiro de
2027:
Percentual de depósitos compulsórios cairão de
20%, para 15%. A diferença, de 5 pontos percentuais, será aplicada no novo
modelo.
Depois do período de transição, a partir de
janeiro de 2027:
Fim da obrigação de os bancos destinarem 65% dos
depósitos da poupança ao crédito habitacional;
Depósitos compulsórios no Banco Central serão
extintos;
Até 100% do dinheiro aplicado na poupança poderá
ser usado no crédito habitacional.
Fonte: Agência Brasil