Galeria Carmelo Sirimarco, 24 - 3ª andar - Centro - Juiz de Fora / MG
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Novas regras ganharam funcionalidades para recuperação dos valores
Os números são alarmantes e revelam uma realidade que afeta milhões de brasileiros. Entre janeiro e setembro de 2025, o país registrou 28 milhões de casos de fraudes envolvendo o Pix, segundo levantamento da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor. O prejuízo financeiro é igualmente assustador: cerca de 24 milhões de brasileiros foram vítimas de golpes financeiros envolvendo PIX ou boletos bancários, resultando em um prejuízo estimado em quase R$ 29 bilhões entre julho de 2024 e junho de 2025. Diante desse cenário, o Banco Central implementou uma nova regra que promete mudar o jogo na recuperação de valores perdidos em golpes.
O que mudou com o Mecanismo Especial de Devolução
A novidade já está valendo. O Mecanismo Especial de Devolução, conhecido pela sigla MED, ganhou novas funcionalidades que expandem significativamente o alcance da recuperação de valores. A principal mudança está na capacidade de rastrear o dinheiro mesmo quando os golpistas tentam esconder o rastro dos recursos.
Antes dessa atualização, o sistema era limitado. Quando uma vítima solicitava a devolução do dinheiro, a instituição financeira só conseguia tentar recuperar o valor da conta que recebeu a transferência inicial. O problema é que os criminosos conheciam bem essa limitação e agiam rapidamente. Assim que o dinheiro caía na conta fraudulenta, eles faziam uma série de transferências em cascata, espalhando os recursos por diferentes contas. Quando a vítima finalmente conseguia registrar a reclamação, a conta original já estava zerada há muito tempo.
Com o novo sistema, as instituições financeiras conseguem seguir o caminho do dinheiro através de múltiplas transferências. Se um golpista recebeu R$ 5 mil em uma conta e transferiu R$ 2 mil para uma segunda conta e R$ 3 mil para uma terceira, o banco consegue identificar esse fluxo e buscar a recuperação dos valores nas contas de destino. Isso representa um avanço considerável no combate aos crimes financeiros digitais.
Fonte: Portal dos contabilistas